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terça-feira, 27 de agosto de 2013

Hoje escreve.. António Freitas

Falando de Futebol
…A bola que rebola, mudando a face e as faces dos apaniguados, já rebola. Iniciou-se, a sério, com a Supertaça Cândido de Oliveira, entre o FCPorto e o Vitória SC (Guimarães).  Assisti a muitos jogos naquele recinto desportivo e, nunca o vi tão cheio! Também não me lembro de presenciar uma claque, a do Vitória, que mesmo vendo o seu Clube a perder, não deixou de incentivar os seus atletas, debaixo de um fair play a todos os títulos de elogiar. Foram, efectivamente, de uma correcção exemplar. Já os seus adversários, a claque ou claques do FCPorto, não tiveram o mesmo comportamento, ou, talvez melhor, tiveram o comportamento normal, principalmente com o lançamento de petardos e demais engenhos pirotécnicos e material produtor de fogo de artifício. Como diria o Herman José: “não havia necessidade”! Excelente espectáculo com vitória justa da melhor equipa, que venceu, concludentemente, por 3 bolas a zero. Digno de nota foi também a forma como toda a equipa do Vitória aguardou até mesmo ao fim a entrega do troféu à equipa vencedora, abrindo alas e cumprimentando todos os seus companheiros de profissão. Foi, na realidade, um bonito final. De realçar ainda a  excelente prestação da equipa de arbitragem, chefiada pelo portuense Artur Soares Dias.
Por falar em arbitragem, não poderei deixar de mencionar que, pela primeira vez, Castelo de Paiva tem um árbitro na Liga Profissional de Futebol, de seu nome DANIEL CARDOSO. Só é de lamentar que tenha havido alterações na arbitragem e o “nosso” Daniel não possa, para já, arbitrar jogos da I Liga. Explicando, os árbitros que subiram da FPF à Liga, permanecerão, durante um ano na II Liga ( só aí apitarão) e somente poderão atuar como 4º árbitro na I Liga. Ao fim deste ano, se tiverem aproveitamento, passarão então a apitar jogos da I Liga. De qualquer maneira, é uma honra e um orgulho, para todos nós, termos o Daniel Cardoso na LPFP. Os meus sinceros parabéns e os votos de excelentes prestações, na continuidade e como recompensa do trabalho efetuado até à data, dos sacrifícios passados, numa luta constante de bem servir a arbitragem portuguesa e o futebol em particular. Bem haja, amigo Daniel.
Aparte esta deriva para a arbitragem, bem merecida, diga-se em abono da verdade, vou fazer uma diagonal para outro desporto. Reporto-me ao ciclismo. Tivemos, mais uma vez, o ciclismo em grande, na nossa terra, pela passagem da 75ª Volta a Portugal. E se o Rui Costa nos encheu o ânimo na 100ª Volta a França, a Volta a Portugal encheu as nossas terras e aldeias, com o seu colorido, a sua força, a sua indiscutível presença, pela proximidade, junto das populações. Não restam dúvidas, que me perdoem os amantes de outras modalidades desportivas, mas a Volta é o acontecimento desportivo com mais adeptos, depois do futebol. Se o futebol é o rei, o ciclismo pouco lhe ficará atrás, principalmente, como acima digo, pela proximidade e pela popularidade junto do cidadão comum. Pena o doping que, tal como em muitos outros desportos, tem dado uma péssima imagem quer à modalidade, quer a quem a ele recorre, quer mesmo e penso com alguma falta de cuidado, às entidades que o detetam ou tentam detetar. Castelo de Paiva, vibrou com a passagem da volta e só lamento as nossas entidades não terem sabido usufruir, mais e melhor, com tal situação. Há situações que não são custos. Há situações que são apostas para o futuro, são ganhos de visibilidade e desenvolvimento, são incentivos a um futuro melhor. Veja-se o caso de Arouca, quer com o futebol quer com o ciclismo – Volta a Portugal. É paradigmático e não “custa” nada aprender ou copiar o que é de bom ou é bem feito.
O Conselho Técnico da AFA iniciou há cerca de duas semanas o seu trabalho anual de vistorias aos campos de jogo e aos pavilhões desportivos, vocacionados para o Futsal. Tem surgido um caso ou outro de maior dificuldade na sua resolução, dado que os problemas vêm já surgindo ao longo de vários anos ou épocas desportivas. Costuma dizer-se que “é preso por ter cão e é preso por não ter”. Se o Conselho não aprova determinado campo ou pavilhão, obtém-se como resposta que se está a “dar cabo” dum clube. Se se ultrapassa a situação, utilizando o bom senso, é porque para uns é de uma forma, para outros é de outra. O CT conhece, perfeitamente, as dificuldades que os clubes atravessam. Reconhece também que, ao longo de muitos dos anos que têm decorrido, as direcções, com poucas excepções, são sempre as mesmas, pelo que os problemas são também e ainda, os mesmos. Tem sido apanágio deste Conselho, dar prazos para que os clubes alterem, modifiquem ou substituam as anomalias que se vão encontrando e que, muitas delas, colidem com as leis desportivas. Há balneários, por exemplo, exíguos ou mesmo sem o mínimo de condições,  que merecem ou mereciam a substituição, pura e simples. Há portas de balneários tapadas com plástico e com fechaduras que não funcionam-penso que para o ano já não há. Há um campo ou outro que oferece perigo para os atletas-também penso que já ficou resolvido para a próxima época. Enfim, há algumas situações que afligem este Conselho e que tudo tem feito para colmatar as anomalias. No entanto e justo é de realçar que,  principalmente no Sul do distrito, há excelentes condições para a prática da modalidade, quer no que se refere às instalações, quer aos campos de jogo, quer aos pavilhões desportivos. Não vou terminar sem me referir ao Pavilhão Desportivo de Angeja, talvez um dos melhores que o Distrito possui. É uma obra de excelente qualidade que muito se deve ao Professor de Educação Física e Chefe de Serviços da Autarquia de Albergaria a Velha, Rui, pelo interesse, dinamismo, saber e entrega que coloca em tudo o que faz. Está de parabéns a autarquia, não só por aquela área desportiva, como por todos os equipamentos que tem construído e valorizado, como aquele Técnico que a acompanha e ajuda na concepção dos equipamentos desportivos. Penso que o Pavilhão dos Desportos de Castelo de Paiva, deveria merecer, por parte da autarquia, de uma reflexão profunda sobre as carências do mesmo, principalmente no que concerne à comodidade dos assistentes, ao som e ao telhado do mesmo. É, realmente, confrangedor.
Penitencio-me por, no mês passado não ter feito a minha crónica, mas… fui de férias. Já agora, se já o fez, parabéns, se não fez, vá. Goze uns dias. Vá pensar e ver futebol para outro lado. Vá de férias. Descanse…SE PUDER!
Entretanto, receba um abraço e VIVÓ FUTEBOL!
António Freitas

(Presidente do CT da AFA)

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